Ontem (30), líderes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e executivos da Toyota se reuniram na Santa Casa de São Bernardo para debater a possível ampliação dos serviços de saúde da unidade, um legado que a empresa pretende deixar à cidade após o encerramento de suas atividades, previsto para novembro.

A Toyota, que anunciou o fechamento de sua primeira planta fora do Japão há um ano, trabalha em conjunto com o Sindicato para compensar os efeitos dessa decisão na comunidade local. “Achamos importante a fábrica deixar um legado a São Bernardo”, disse o presidente do Sindicato, Moisés Selerges.

Essa contribuição, solicitada pelos Metalúrgicos do ABC, será focada na Santa Casa. “Estivemos na entidade para conhecer o projeto que detalharemos em breve à nossa categoria e à sociedade como um todo”, prosseguiu Selerges.

Wellington Messias Damasceno, diretor administrativo do Sindicato, enfatizou a importância desta iniciativa. “Apoiar a área médica e as áreas carentes da nossa região é essencial e faz parte do papel do Sindicato reivindicar essa contrapartida”, disse ele.

Mais informações serão divulgadas após a aprovação dos procedimentos. Em meio a essas negociações, a Toyota e o Sindicato continuam discutindo outras questões pendentes, como cursos de qualificação, transferências e efetivações, bem como o Plano de Demissão Voluntária (PDV).

As negociações sociais com a Toyota, que emprega 550 trabalhadores na planta de São Bernardo, continuaram em fevereiro deste ano, quando o Sindicato se reuniu com Masahiro Inoue, CEO da Toyota para América Latina e Caribe.

Foto: Adonis Guerra