Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem de estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Escola Estadual Diplomata Sergio Vieira de Mello, alunos da Faculdade Engenheiro Salvador Arena realizam, até o dia 4 de outubro, a ‘Oficina de eletrônica básica’ na escola, que contempla conteúdos de disciplinas de matemática, física e circuitos eletrônicos. O projeto é multidisciplinar e envolve também o desenvolvimento de atividades esportivas e culturais, cursinho universitário, educação ambiental e feira de profissões, entre outras atividades, que visam beneficiar 564 estudantes de escola pública até o fim do ano. A iniciativa integra o Arena Solidária, atividade de extensão universitária da faculdade, que conta com a iniciativa do voluntariado visando proporcionar aos alunos um aprendizado social e contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa.

De acordo com Pablo Fabiano Carneiro, professor orientador do Arena Solidária, a iniciativa para trabalhar com os projetos de eletrônica básica foi encabeçada pelos alunos da faculdade. “Eles identificaram, em conjunto com a escola, quais as disciplinas que precisavam de reforço e propuseram a utilização de plataformas eletrônicas de prototipagem, de fácil utilização, para que, por meio de uma metodologia didática e prática, os estudantes absorvam os principais conceitos das disciplinas”, revela.

A primeira oficina realizada na escola ocorreu no primeiro semestre deste ano, ocasião em que foram desenvolvidos instrumentos musicais com uso da programação em Arduino – plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre e de placa única. Os alunos da Faculdade conduziram os estudantes do Ensino Médio pelas experiências de cálculos, mensuração e visualização de notas musicais por meio da física, da matemática e da programação na plataforma de prototipagem do Arduino. “Eles estudaram as ondas sonoras e usaram a matemática para verificar a intensidade desses sons e como eles se propagam nas notas sonoras musicais. Depois comprovaram esses dados usando canos de PVC em formato de um xilofone. Assim, foi possível construir o conhecimento, aproximando-os da linguagem científica e materializando conceitos abstratos em aprendizado concreto”, explica o professor.

Arena Solidária

Criado em 2016, o Arena Solidária conta com um comitê de 340 alunos dos cursos de Administração, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Computação e Engenharia de Controle e Automação, que aplicam seus conhecimentos acadêmicos em prol de iniciativas que visam a transformação social e o empoderamento de comunidades e pessoas. As instituições são escolhidas por votação entre os membros do Comitê e cada projeto tem vigência de dois anos.

Inicialmente como um programa de voluntariado, o Arena Solidária tornou-se um dos projetos de extensão universitária, garantindo que o tempo dedicado ao projeto seja considerado como horas de estágio, devido ao engajamento dos alunos em buscar soluções para problemas reais, utilizando-se do conhecimento obtido no campus. A primeira edição, finalizada em 2018, foi agraciada com o Prêmio Nacional de Gestão Educacional (PNGE), na categoria de Responsabilidade Social, durante o GEduc – Congresso de Gestão Educacional, realizado em março de 2019.

Ao longo do período letivo, os alunos da Faculdade têm a oportunidade de se desenvolver em outros projetos de extensão similares, como o ‘Em paz com o Leão’, em que prestam auxílio e informações para sanar dúvidas sobre a declaração do Imposto de Renda; a ‘Ação Social – Feira da Carreiras’, que auxilia a população que busca um emprego ou uma nova oportunidade por meio da revisão / elaboração de currículos; e o ‘Projeto de vida’, implementado em escolas de públicas de ensino médio, que tem por objetivo o desenvolvimento do planejamento para o futuro para os jovens, entre outros. Para este ano, ainda serão realizadas outras oficinas que incluem esportes e dança.

“As atividades do Arena Solidária e dos demais projetos de extensão universitária da Faculdade sempre têm um foco específico, mas nós observamos um ganho que vai além desse foco, como o compartilhamento, empatia, solidariedade da prática, e dessa forma o desenvolvimento de cidadãos responsáveis socialmente, o que está perfeitamente alinhado com a nossa missão de transformação. Certamente é uma experiência riquíssima para todos os envolvidos, pois motiva, inspira, promove o conhecimento e o autoconhecimento”, avalia Luciana Guimarães Borges, diretora acadêmica da Faculdade.