A evolução da energia elétrica em São Paulo está intrinsecamente ligada à Usina Henry Borden e à Represa Billings. A Usina, originalmente parte do complexo hidrelétrico projetado na década de 1920, desempenhou um papel vital no abastecimento energético da região. Inaugurada em 1926, em Cubatão, a Usina Henry Borden inicialmente tinha uma capacidade de 100 MW, aumentando significativamente a produção de energia da Light.

A construção da Represa Billings, então conhecida como Reservatório Rio Grande, começou em 1925, como parte do mesmo projeto hidrelétrico. Essa represa foi projetada não apenas para fornecer água à Usina Henry Borden, mas também para abastecer água potável e controlar as enchentes em São Paulo. A Billings se tornou uma das maiores represas do mundo, com uma capacidade máxima de 1,27 bilhão de m³ de água.

Durante as décadas seguintes, a Usina Henry Borden continuou a ser expandida, alcançando sua capacidade máxima de 914 MW na década de 1960, mantendo-se como uma das principais fontes de energia para a Grande São Paulo. A Represa Billings, por sua vez, passou a receber as águas do Rio Pinheiros na década de 1940, o que eventualmente levou a problemas de poluição. Essa situação resultou na interrupção da conexão com o Rio Pinheiros em 1992, impactando a produção de energia da Usina.

Além do abastecimento energético, a Represa Billings se tornou um reservatório crucial de água potável para a região desde o final da década de 1950. Apesar dos desafios ambientais e das mudanças no uso da represa, a Billings e a Usina Henry Borden permanecem como marcos históricos na trajetória da eletricidade em São Paulo, refletindo as transformações urbanas e industriais da região.

Imagem e informações do Centro de Memória de São Bernardo