ALEXANDRE DE MORAES VOTA PELA DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE MACONHA, MAS SUPREMO ADIA DECISÃO FINAL

ALEXANDRE DE MORAES VOTA PELA DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE MACONHA, MAS SUPREMO ADIA DECISÃO FINAL

Na última quarta-feira (2), Alexandre de Moraes, ministro do STF, manifestou seu voto a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Ele propôs que usuários sejam definidos como aqueles que portam entre 25 a 60 gramas da substância ou até seis plantas fêmeas de cannabis.

Apesar da manifestação de Moraes, o julgamento, em processo, foi novamente adiado. O ministro já havia solicitado mais tempo para análise do caso em 2015, o que ocasionou uma pausa nas discussões naquele momento.

O Supremo Tribunal Federal está em processo de julgamento da constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006), que impõe penalidades para quem adquire, transporta ou porta drogas para consumo pessoal. Apesar de eliminar a pena de prisão, a lei manteve a criminalização, deixando usuários sujeitos a inquéritos policiais e processos judiciais.

Moraes destacou que a lei ajudou a fortalecer facções criminosas ao aumentar o número de prisões por tráfico de drogas. Segundo dados oficiais que citou, 25% dos presos no Brasil (201 mil) são por tráfico de drogas.

O ministro argumentou que o sistema penal acabou transformando usuários em pequenos traficantes, fortalecendo ainda mais as organizações criminosas. Ele também defendeu a definição de limites de quantidade para diferenciar usuários e traficantes, considerando as circunstâncias das apreensões para evitar discriminação entre classes sociais.

No momento, o placar do julgamento é de 4 votos a 0 a favor da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. Contudo, a decisão final ainda não foi alcançada. O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, solicitou mais tempo para aprofundar seu voto e prometeu retomar o julgamento na próxima semana.

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