ALTA NAS LOCAÇÕES E QUEDA NAS VENDAS MARCAM O MERCADO IMOBILIÁRIO DO ABC EM AGOSTO

ALTA NAS LOCAÇÕES E QUEDA NAS VENDAS MARCAM O MERCADO IMOBILIÁRIO DO ABC EM AGOSTO

Pesquisa CRECISP revela dinâmica contrastante entre venda e locação de imóveis residenciais na região do ABC.

A pesquisa mensal do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) trouxe resultados notáveis sobre o mercado imobiliário no ABC e região. Em agosto, o cenário mostrou uma queda acentuada de 43,91% nas vendas de imóveis residenciais usados, enquanto as locações experienciaram um aumento robusto de 79,80%, em comparação com julho.

O levantamento coletou dados de 27 imobiliárias em cidades como Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. Notou-se que, neste período, não houve registros de vendas de casas. Já os apartamentos vendidos concentraram-se principalmente na faixa de preço de até R$ 350 mil, para imóveis com 2 dormitórios e área útil entre 51 e 100 m².

A distribuição geográfica das propriedades vendidas em agosto revelou que 37,6% estavam situadas na periferia, 25,7% em áreas nobres e 36,7% em regiões centrais. Quanto às modalidades de pagamento, 25,6% das vendas foram financiadas pela CAIXA, 28,2% por outros bancos, 15,4% foram fechadas à vista, 17,9% parceladas diretamente com os proprietários e 12,8% por consórcios.

Por outro lado, nas locações, a preferência dos inquilinos para casas esteve na faixa de até R$ 1.500,00 e para apartamentos até R$ 1.250,00. O seguro fiança foi a principal garantia locatícia escolhida, representando 49,1% das opções. Em relação à localização, a maior procura foi por imóveis na periferia (58,5%).

Este panorama demonstra uma significativa movimentação no mercado de locações, possivelmente reflexo de uma postura mais cautelosa dos consumidores, que preferem alugar a comprar em períodos de incerteza econômica. A preferência por imóveis situados em regiões periféricas pode ser indicativo de busca por alternativas mais econômicas.

Ao final do contrato de locação, 45% dos inquilinos optaram por locais com aluguel mais em conta, 10% mudaram para imóveis mais caros e 45% não declararam o motivo da mudança.

É crucial observar tais tendências, pois demonstram as dinâmicas do mercado imobiliário local, que são termômetros da economia da região, indicando as preferências e necessidades dos consumidores no momento atual.

Imagem de Freepik

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