O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) instituiu novas normas para o uso de bicicletas elétricas e ciclomotores no Brasil, impactando diretamente a mobilidade urbana. O crescente interesse por opções de transporte limpas vem levando mais pessoas, especialmente jovens, a adotarem as e-bikes.

As bicicletas elétricas, de acordo com a nova regulamentação, podem circular em áreas para pedestres a até 6 km/h, e em ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, de acordo com a velocidade estabelecida pelas autoridades locais. Nas vias comuns, seguem as regras aplicadas às bicicletas tradicionais.

A Share Student Living, empresa especializada em residenciais para estudantes, em parceria com a E-Moving, oferece até 3 horas diárias de uso gratuito de e-bikes. Desde a implementação deste serviço, a utilização das bicicletas compartilhadas cresceu 30%.

“E-bikes são um meio de transporte cada vez mais vantajoso, especialmente para distâncias curtas e médias. O mercado está em franca expansão, e o número de bicicletas nas ruas só aumentará”, disse Gabriel Arcon, CEO da E-Moving.

Em 2022, houve um aumento de 9,64% na quantidade de bicicletas elétricas em comparação com o ano anterior, totalizando 44.833 unidades e movimentando R＄ 304,9 milhões. A previsão para 2023 aponta crescimento entre 19% e 27%.

A adoção crescente por e-bikes reflete uma mudança comportamental dos jovens, que cada vez mais valorizam a ideia de compartilhamento, seja de moradia ou de transporte.

Além disso, uma pesquisa recente da Opinion Box mostrou que 31% dos entrevistados reduziram o uso de carros, principalmente devido ao aumento dos gastos com combustíveis (48%), ao trabalho remoto (26%) e ao modelo híbrido (22%).

Essa mudança de comportamento também influencia a arquitetura dos residenciais. Muitos dos prédios da Share Student Living têm bicicletários maiores e menos vagas de estacionamento.

A cidade de São Paulo possui a maior malha cicloviária do país, com 699,2 km de extensão. A prefeitura promete expandir mais 1.000 km até 2024. A crescente necessidade por ciclovias é evidenciada pelo aumento de 14% no número de ciclistas entre janeiro e fevereiro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022.