FRAUDE BILIONÁRIA NAS AMERICANAS: LUCROS INFLADOS CHEGAM A R$ 25,3 BILHÕES

FRAUDE BILIONÁRIA NAS AMERICANAS: LUCROS INFLADOS CHEGAM A R$ 25,3 BILHÕES

A gigante do varejo, Americanas S.A., trouxe a público, nessa quarta-feira (14), um golpe financeiro colossal. Fraudes contábeis, que somam um assombroso valor de R$ 25,3 bilhões, foram realizadas para manipular os lucros, enganar acionistas, aumentar a arrecadação de impostos e preservar as opções de financiamento.

Dentre as várias estratégias fraudulentas, contratos de Verba de Propaganda Contratada (VPC) foram forjados, alcançando, até setembro de 2022, a quantia de R$21,7 bilhões. O restante, R$ 3,6 bilhões, provém de juros não lançados sobre transações financeiras.

No balanço patrimonial divulgado em setembro do ano passado, outras falhas foram descobertas. Foram manipulados R$18,4 bilhões destinados ao financiamento de compras e R$2,2 bilhões para capital de giro, resultando em uma redução artificial da dívida bruta da empresa em R$20,6 bilhões.

Na terça-feira (13), a Americanas admitiu a fraude publicamente pela primeira vez, culpando ex-diretores. Entre eles, estão o ex-CEO Miguel Gutierrez, os ex-diretores Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, e os ex-executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes.

Em depoimento na CPI que investiga o caso, o atual CEO, Leonardo Coelho Pereira, apontou as empresas de auditoria KPMG e PwC como supostamente cúmplices, por atenuar as análises dos balanços financeiros.

Em janeiro, a Americanas iniciou um processo de recuperação judicial, declarando uma dívida superior a R$ 40 bilhões. Nesse contexto, vieram à tona “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões, termo eufemístico utilizado para disfarçar a fraude.

O primeiro plano de recuperação, apresentado em março, foi rejeitado em maio. Este propunha um aumento de capital de R$ 10 bilhões, vindo dos acionistas de referência, Marcel Telles, Beto Sicupira e Jorge Paulo Lemann, sócios da 3G Capital. Eles detinham o controle do grupo até 2021 e, mesmo após venderem algumas ações, ainda são os maiores acionistas individuais da empresa.

Com informações e foto da Agência Brasil

Comente

Seu email não irá ser publicado Preencha os campos marcados com *.

× Como posso te ajudar?
Pular para o conteúdo