GREVE: FUNCIONÁRIOS PROTESTAM CONTA GOVERNO

GREVE: FUNCIONÁRIOS PROTESTAM CONTA GOVERNO

Em São Paulo, uma greve recente tem chamado a atenção não apenas pela sua magnitude, mas também pelo seu caráter distintivo. Diferente das greves habituais focadas em demandas salariais ou benefícios trabalhistas, esta paralisação atinge diretamente o setor de transporte público, incluindo linhas do Metrô e da CPTM.

O cerne da questão? Uma forte oposição à privatização dos serviços de transporte e da Sabesp, a empresa que gerencia o fornecimento de água e o tratamento de esgoto no estado.

Greve reflete preocupação dos sindicatos

Esta greve, marcada por um forte componente político, reflete a preocupação dos sindicatos com a perda potencial de empregos devido à privatização. O governo, por outro lado, enxerga a manifestação como um ato político contra sua gestão.

O processo de privatização mais avançado é o da Sabesp, já em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), com possibilidade de votação iminente. Paralelamente, estudos estão em andamento para a expansão das concessões de linhas de Metrô e trem da CPTM à iniciativa privada.

Oposição dos sindicatos

Os sindicatos, representando os trabalhadores, estão exigindo um diálogo mais aberto com a população sobre a privatização desses serviços essenciais. Um documento assinado por várias entidades sindicais e movimentos sociais foi enviado ao governador Tarcísio de Freitas e ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, expressando a oposição à privatização da Sabesp, Metrô e CPTM.

Eles argumentam que essas são pautas legítimas e de interesse público. Além disso, o Sindicato dos Metroviários propõe a realização de um plebiscito oficial para decidir sobre a privatização dos serviços públicos.

Posição do governo

O governador Tarcísio de Freitas, por sua vez, defende as privatizações como parte de sua promessa de campanha. Ele classificou a greve como “ilegal e abusiva”, e reiterou seu compromisso com a continuidade dos estudos para a privatização, incluindo a operação da Sabesp prevista para o próximo ano.

Essa postura do governo indica uma firme intenção de seguir em frente com os planos de privatização, apesar da resistência sindical.

Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil

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