O ABSURDO REAJUSTE NO REEMBOLSO DE DESPESAS MÉDICAS DOS DEPUTADOS

Lamentavelmente, o Brasil já enfrenta o pior momento da pandemia do novo Coronavírus. São mais de 3 mil mortes diárias pela doença, que avança e colapsa sistemas de saúde em cidades por todo país, do Norte ao Sul brasileiro.

Num momento como esse, onde brasileiros perdem a batalha contra o vírus sufocados à espera de um leito de UTI, nossos políticos deveriam se articular para oferecer melhores condições e fortalecimento do SUS, cortes em impostos, programas de geração emergencial de renda e, principalmente, a compra de vacinas, que são o passaporte para a retomada da economia.

No entanto, o que se viu na Câmara dos Deputados na última semana foi justamente o oposto. Em meio à crise fiscal, econômica, social, política e de saúde pública, os parlamentares ganharam um reajuste de 170% no limite do valor reembolsável por despesas médicas, com a justificativa de que os valores estavam defasados

O valor máximo de reembolso, que era de R$50 mil, agora está fixado em R$135,4 mil. Cabe ressaltar que o benefício são para despesas não cobertas pelo plano de saúde a que os parlamentares e seus dependentes tem direito, com cobertura de abrangência nacional. Isso fora o Departamento Médico da Câmara, com disponibilidade para consultas gerais, exames e urgências, sem custos.

Enquanto isso, por conta da crise econômica causada pela pandemia, milhões de brasileiros sequer conseguiram arcar com os custos dos planos de saúde, sobrecarregando ainda mais o já saturado Sistema Único de Saúde.

Em tempos que exigem mais empatia e atos de amor e solidariedade ao próximo, nossos políticos nos presenteiam, mais uma vez, com generosas cargas de egoísmo e de falta de bom senso. E o pior de tudo, não reembolsáveis.

Amira Laila

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