PROBABILIDADE DE UM FORTE EL NIÑO AUMENTA PARA 56%, DE ACORDO COM A AGÊNCIA CIENTÍFICA DOS EUA

PROBABILIDADE DE UM FORTE EL NIÑO AUMENTA PARA 56%, DE ACORDO COM A AGÊNCIA CIENTÍFICA DOS EUA

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), uma agência científica vinculada ao governo dos Estados Unidos, informou nesta sexta-feira que a probabilidade do fenômeno El Niño se intensificar aumentou para 56%. Além disso, existe uma chance de 84% de que o evento seja pelo menos moderado.

O relatório, publicado na quinta-feira (8), foi assinado pela cientista Emily Becker. Ela explicou que um El Niño mais forte, caracterizado por uma temperatura da superfície do mar significativamente mais quente que a média, pode influenciar mais fortemente as mudanças na circulação global e tornar os padrões de impacto mais prováveis.

O El Niño é um fenômeno climático que ocorre devido ao enfraquecimento dos ventos alísios e ao aquecimento anormal das águas superficiais do leste da região equatorial do Oceano Pacífico. Estas mudanças na interação entre o oceano e a atmosfera podem afetar o tempo e o clima globalmente, alterando a dinâmica das massas de ar e a distribuição de umidade e precipitação.

Os estudos do El Niño são importantes porque permitem a antecipação dos impactos climáticos. No Brasil, por exemplo, o fenômeno geralmente causa seca nas regiões Norte e Nordeste e aumento de chuvas no litoral do Sudeste e do Sul. Nos Estados Unidos, é esperado um inverno com chuvas mais intensas no sul e temperaturas mais quentes no norte.

O El Niño, que normalmente ocorre a intervalos de três a sete anos e dura de seis a 15 meses, é seguido por um evento La Niña, que é caracterizado por mudanças anormais em sentido inverso, como o resfriamento das águas superficiais do leste equatorial do Oceano Pacífico.

Segundo a NOAA, as condições atuais do El Niño foram confirmadas. A superfície do Oceano Pacífico na linha equatorial tem se mantido mais quente que a média desde o mês passado. Além disso, as previsões climáticas indicam que a temperatura nos próximos meses continuará acima do limite que caracteriza o El Niño.

Apesar da alta probabilidade de um forte El Niño, a NOAA destaca que ainda existe uma pequena chance (4-7%) de que o fenômeno possa desaparecer. “A natureza sempre reserva surpresas. Embora as condições do El Niño tenham se desenvolvido, ainda há uma pequena chance de que as coisas desapareçam. Achamos que isso é improvável, mas não é impossível”, escreve Emily Becker em seu relatório.

Informações e foto Agência Brasil

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