Desde setembro de 2021, um projeto pioneiro em São Paulo tem monitorado criminosos soltos em audiências de custódia com tornozeleiras eletrônicas. Dentre os 123 monitorados, 57 são acusados de violência doméstica. O projeto é uma colaboração entre as Secretarias de Estado da Segurança Pública e da Administração Penitenciária, dispondo inicialmente de 200 tornozeleiras.

Este sistema, que por enquanto cobre apenas a capital paulista, será expandido para outras regiões. Além de focar em casos de violência contra a mulher, o monitoramento também se aplica a criminosos reincidentes, visando reduzir a reincidência criminal.

A Coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher de São Paulo, Jamila Jorge Ferrari, ressalta a eficácia do programa, mencionando a prisão em flagrante de quatro indivíduos por descumprimento de medidas protetivas. Ela enfatiza que o monitoramento oferece mais segurança para as vítimas e um alerta aos agressores.

Ferrari também destaca a importância das denúncias de violência doméstica. A denúncia ativa diversas ferramentas de proteção para a vítima, incluindo a solicitação de medidas protetivas. O monitoramento por tornozeleira é mais um passo para garantir a efetiva proteção das mulheres e reduzir a violência doméstica no Estado de São Paulo.