SEMINÁRIO AGOSTO INDÍGENA EM SÃO BERNARDO VALORIZA VOZ DOS POVOS ORIGINÁRIOS

SEMINÁRIO AGOSTO INDÍGENA EM SÃO BERNARDO VALORIZA VOZ DOS POVOS ORIGINÁRIOS

Em uma iniciativa da Prefeitura de São Bernardo, sob a gestão de Orlando Morando, a 2ª edição do Seminário Agosto Indígena foi realizada nesta quinta-feira (17/08) no Teatro Elis Regina. O evento teve como principal objetivo ressaltar os direitos e lutas dos povos indígenas, pedindo fim ao preconceito e promovendo a valorização de suas culturas.

O seminário, parte das celebrações do aniversário de 470 anos de São Bernardo, contou com uma série de palestras abordando o passado, presente e futuro das comunidades indígenas. Os tópicos incluíram sustentabilidade, preservação ambiental, demarcação de terras e apresentações culturais, como cânticos e danças. O auditório do Teatro Elis Regina recebeu cerca de 300 participantes, com destaque para alunos da rede estadual e uma feira de artesanato dos povos guaranis.

Dra. Regina Célia Damasceno, secretária municipal de Meio Ambiente e Proteção Animal, destacou a necessidade de reconhecimento e reparação histórica para os povos indígenas, que há séculos enfrentam injustiças culturais. Ela estava acompanhada pelos secretários André Sicco (Assistência Social) e Fran Silva (Cultura e Juventude).

Os dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que São Bernardo abriga aproximadamente 1.300 indígenas. Atualmente, a cidade tem três aldeias guarani: Guyrapaju, Kuaray Rexakã e Nhanderu Mirim, todas situadas na região do Pós-Balsa, bairro Curucutu.

Elson Mirim da Silva, líder da aldeia Guyrapaju, ressaltou a relevância de reconhecer as raízes e histórias indígenas e a busca contínua por direitos básicos, como educação e saúde.

Sandra Leite, geógrafa da Fundação Florestal, discutiu o programa Guardiões das Florestas, criado pelo governo do Estado para fortalecer as comunidades indígenas através de compensações financeiras pelos serviços ambientais prestados.

Por fim, São Bernardo evidencia seu compromisso com os povos guaranis, estabelecendo por lei um Comitê Intersetorial de Assuntos Indígenas, que conta com a participação de diversas entidades, incluindo o MPF e Funai. Esta edição do seminário focou no tema “Toda a terra é nossa”.

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