O mercado de imóveis residenciais usados no ABC voltou a apresentar retração em março de 2025, conforme levantamento divulgado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP). Em comparação com fevereiro, as vendas caíram 10,02%, enquanto as locações recuaram 36,30%.

A pesquisa, realizada com 110 imobiliárias em cidades como São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, São Caetano do Sul e Rio Grande da Serra, mostra que os ajustes sazonais e as condições de mercado influenciaram os resultados.

Entre os imóveis vendidos, os apartamentos representaram 67% das negociações, com destaque para unidades de dois dormitórios e área útil entre 50 m² e 100 m². Já entre as casas, 66,7% tinham dois dormitórios e a maioria apresentava área entre 101 m² e 200 m². Cerca de 46,8% das compras foram financiadas por bancos, enquanto 23,4% contaram com crédito da Caixa.

No setor de locação, casas representaram 53% dos contratos, com predominância de imóveis de até dois dormitórios. Os apartamentos mais alugados também possuíam dois dormitórios, com área útil entre 51 m² e 100 m². O valor de aluguel mais procurado ficou entre R$ 2.000 e R$ 3.000. A maioria dos novos inquilinos escolheu imóveis na periferia (53%) e optou pelo seguro fiança como principal garantia (62,1%).

Entre os que encerraram contratos, quase metade (47,2%) buscou aluguéis mais baratos. Ainda segundo o estudo, 45,7% dos imóveis foram alugados pelo valor anunciado, e 34,3% com desconto de até 5%.

Apesar da retração em março, o acumulado do ano segue positivo para locações, com alta de 24,62%. Já as vendas acumulam queda de 10,45% em 2025.

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Foto: Helber Aggio/PSA