Rio de Janeiro enfrenta onda de violência com destruição em massa de veículos de transporte após operação policial que resultou na morte de um notório chefe de milícia.

RIO DE JANEIRO – Uma série de ataques violentos abalou o Rio de Janeiro nesta segunda-feira (23), quando pelo menos 35 ônibus e um trem foram incendiados em resposta à morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, considerado um dos líderes da mais significativa milícia do estado. A morte de Faustão ocorreu durante uma operação realizada pela Polícia Civil.

Os incidentes provocaram o caos no trânsito, especialmente na zona oeste, com o fechamento de diversas vias importantes, deixando estações de transporte público superlotadas e passageiros em longas filas. Os ataques marcaram o dia com o maior número de ônibus incendiados na história da cidade, segundo informações do sindicato Rio Ônibus.

Os ataques começaram na rua Felipe Cardoso, próximo ao BRT Cajueiros, em Santa Cruz. Em decorrência dos incidentes, a circulação no corredor Transoeste foi interrompida, afetando diretamente a conexão entre os bairros da Barra da Tijuca, Campo Grande e Santa Cruz.

A Supervia, responsável pelas linhas de trem, também confirmou um ataque em sua estação Tancredo Neves. A situação se agravou ao ponto de o município entrar em estágio de atenção às 18h40, com registros de congestionamentos e aumento exorbitante nos preços dos aplicativos de transporte.

Em resposta aos ataques, doze indivíduos foram detidos, suspeitos de participação nos incêndios, e o governador Cláudio Castro prometeu que os envolvidos enfrentarão acusações de terrorismo.

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