O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou nesta segunda-feira (24) que o ex-policial militar Élcio Queiroz realizou uma delação premiada e deu detalhes sobre a sua participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um crime cometido há cinco anos.

O ex-PM está preso desde 2019 ao lado de seu amigo, o ex-policial reformado Ronnie Lessa. Em um depoimento já homologado pela justiça, Élcio confessou que dirigiu o Cobalt prata usado no ataque e afirmou que Ronnie foi o autor dos disparos contra Marielle, feitos com uma submetralhadora. Élcio também revelou que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, também conhecido como Suel, fez campanas para vigiar a vereadora e participaria da emboscada, mas acabou sendo substituído por ele.

Durante a primeira fase da Operação Élpis, uma investigação que apura os homicídios de março de 2018 e que foi realizada hoje, Suel foi preso. O ex-bombeiro já havia sido condenado em 2021 a quatro anos de prisão por obstruir as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto e tinha sido preso em junho de 2020 durante a Operação Submersos II.

De acordo com o MPRJ, Maxwell era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, acusado de ser um dos autores do assassinato e amigo de Suel. O ex-bombeiro também teria ajudado a jogar o armamento no mar.

Suel foi preso em sua residência, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, durante uma operação conjunta da PF e do MPRJ. Ele foi levado para a sede da PF, na Zona Portuária. Ele foi preso na mesma casa onde foi detido anteriormente. Um carro do ex-bombeiro foi apreendido.

Com informações adicionais do G1 e da CNN.