A febre maculosa, doença infecciosa provocada por uma bactéria do gênero Rickettsia transmitida pela picada de carrapatos infectados, causou a morte de quatro pessoas que visitaram uma fazenda em Campinas, interior de São Paulo. O Ministério da Saúde oferece orientações para a prevenção da doença, que não é transmitida entre pessoas.

Segundo a infectologista Sandra Gomes de Barros, a febre maculosa pode se manifestar de forma leve a grave, podendo levar a hemorragias e comprometimento de vários órgãos. A prevenção inclui evitar áreas com alta incidência de carrapatos, como regiões silvestres, fazendas e trilhas ecológicas, ou adotar medidas preventivas como usar roupas claras, calças e blusas de mangas compridas, botas e repelentes.

A pasta aconselha a inspeção de roupas e pele a cada duas ou três horas ao visitar áreas de risco, removendo carrapatos imediatamente para reduzir o risco de transmissão. Caso se encontre um carrapato no corpo, deve-se removê-lo com uma pinça, lavando a área da mordida com álcool ou água e sabão. As roupas utilizadas devem ser colocadas em água fervente para a retirada dos carrapatos.

Desde 2013 até junho de 2023, o Brasil registrou 2.059 casos de febre maculosa, sendo 1.292 na Região Sudeste. Desde o início deste ano, 53 casos foram registrados no país, 30 deles concentrados no Sudeste.

Os sintomas da doença, semelhantes aos da dengue e leptospirose, incluem febre, dor no corpo, dor de cabeça e manchas avermelhadas. A doença deve ser prontamente tratada após a manifestação dos primeiros sintomas, que aparecem entre 2 e 14 dias após a picada pelo carrapato infectado. A detecção e tratamento precoce aumentam as chances de cura.

Informações e foto via Agência Brasil