FOTOS COMPARATIVAS

FOTOS COMPARATIVAS

RUA AMÉRICO BRASILIENSE COM RUA ALFERES BONILHA E RUA AMÉRICO BRASILIENSE COM RUA MARECHAL DEODORO

Hoje, diferente de outras colunas, faremos um comparativo entre duas épocas distintas.

A primeira é a foto, tirada em 1952, que mostra a Rua Américo Brasiliense com a Rua Alferes Bonilha. O trecho da foto seria entre a Rua Marechal Deodoro com a Avenida Brigadeiro Faria Lima. Na época desta foto, a avenida nem existia e corria o Rio dos Couros (hoje Ribeirão dos Meninos, canalizado) a céu aberto. Aliás, este uma das poucas ruas com ponte sobre o rio e que seguia para o outro lado da cidade (Rua Jurubatuba, Vila Gonçalves e Bairro Assunção.

A Rua Alferes Bonilha, que aparece no canto esquerdo da foto, era conhecida como a “rua da lama” por causa das frequentes enchentes do rio já citado acima. Nesta época as duas ruas não eram pavimentadas e em épocas de chuva era quase impossível transitar sem ter o carro ou o caminhão atolado.

O Armazém que aparece à direita da foto era o Moinho dos Battistini, onde tinha um moinho com duas pedras, onde era moído o milho para se fazer fubá. Pertencia à dona Santina Battistini. Ao fundo, se vê algumas casas da Vila Gonçalves, região onde hoje fica a Praça Marquês de Alegrete. A rua à esquerda era chamada de Viela e posteriormente Rua Norberto Antônio de Oliveira.

Na foto ao lado da antiga, o local hoje em dia.

Segunda foto.
A foto foi tirada de um casarão na esquina da Rua Marechal Deodoro com a Rua Américo Brasiliense. Era o Casarão de João Setti. Este mesmo casarão foi o gabinete do prefeito Lauro Gomes, onde trabalhou com sua secretária, dona Rita Angela Zincaglia. No casarão foi também um consultório dentário do Sesi, onde se arrancavam os dentes de graça das crianças da região. E doía muito, tanto que alguns torciam para que não tivesse água para ter a consulta adiada. No porão deste casarão funcionou a sede do Palestra de São Bernardo.

O Casarão aparece na segunda foto, de 1953, durante a descarga de um carregamento de arroz vindo de Joinville-SC para o Armazém dos Setti. O Arroz “Amarellão” vinha da Germano Stein S/A de Joinville.

Observações:

* Não aparece, mas que também fizeram parte deste mesmo local foi uma vilinha de casas ao lado do armazém dos Basttitini e a delegacia, construída ao lado do casarão que aparece à esquerda na mesma Rua Américo Brasiliense.

* O Casarão foi demolido em 1977 e construído no local uma agência do Banco Itaú.

* A foto faz parte de um processo, com outras fotos, descoberto por Ademir Médici, ainda quando a Sala São Bernardo funcionava na Biblioteca Monteiro Lobato, semente da atual Seção de Memória.

* Algumas destas fotos foram publicadas num semanário chamado de “Domingo em São Bernardo”, que vinha encartado no Diário do Grande ABC. A foto em si também foi publicada no Diário do Grande ABC em 1985.

* A primeira foto foi tirada por Beltran Asêncio, o fotógrafo da cidade.

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Ednilson Teixeira
Batateiro.
Pesquisador das curiosidades da cidade.
Administrador do grupo de Fotos Antigas de São Bernardo do Campo
Autor do livro Fotos Antigas de São Bernardo do Campo – Álbum Ilustrado (para adquirir o livro entre no site http://www.fotosantigas.saobernardo.br).
MTB n° 0089656/SP
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Fotos: Centro de Memória de S.B.C. (fotos antigas) e Google Street View (fotos atuais).

Colaboraram para este texto:

Comentários dos Membros do grupo de Fotos Antigas de São Bernardo do Campo

Edmundo T Coppede, Maria Aparecida, José Luis Battistini, Sidnei Battistini, Regina Ana Cecato, Fábio Guimarães de Souza, Lucila Vieira, Marcos Teixeira, Lino Junior, Carlos Alberto Borba, Carlos Borges Filho, Marcos Antonio Silva, Izabel Leão, Edison Tonetto, Nicola Malavolta, Vilson Jose Asencio e Evaristo Gastaldo.

Também colaborou com o texto o jornalista Ademir Medici, do Diário do Grande ABC.

Primeira Foto

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Segunda foto

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