JOVEM PARA NA UTI APÓS COLOCAR “CHIP DA BELEZA”; ENTENDA

15 de dezembro de 202315 de dezembro de 2023 Redação Saúde

Os implantes hormonais, conhecidos como “chip da beleza”, têm ganhado popularidade, prometendo benefícios como perda de peso, controle da ansiedade alimentar, aumento da libido e tratamento da obesidade. Esses implantes, muitas vezes contendo ocitocina, são parte de uma tendência crescente, impulsionada pelo movimento online “ocitocine-se”.

Contudo, especialistas alertam sobre os riscos à saúde e a falta de comprovação científica desses benefícios. Recentemente, um caso alarmante veio à tona: uma jovem de aproximadamente 20 anos foi internada em estado grave em um hospital de São Paulo, após sofrer um edema cerebral 24 horas após a inserção do implante, que continha ciproterona, gestrinona, testosterona e ocitocina. As informações são do portal G1.

Chip da beleza contém ocitocina

A ocitocina, também chamada de “hormônio do amor”, é naturalmente produzida pela hipófise e desempenha um papel crucial no equilíbrio hídrico e de sódio no corpo. No entanto, níveis excessivos desse hormônio podem levar à hiponatremia, uma condição caracterizada pela baixa concentração de sódio no sangue, resultando em intoxicação por água.

Veja mais: VENVANSE: PARA QUE SERVE O REMÉDIO E QUAIS OS RISC OS?

Riscos e falta de comprovação científica

A eficácia da ocitocina para fins estéticos, como tratamento da obesidade, ansiedade ou disfunções sexuais, não é respaldada por pesquisas científicas. O único uso comprovado da ocitocina é na indução do parto em gestantes.

Em abril deste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu o uso de terapias hormonais com fins estéticos, incluindo os “chips da beleza”. A decisão foi baseada na incerteza sobre a segurança desses implantes.

Um dos principais problemas é a absorção imprevisível dos hormônios, que pode variar de pessoa para pessoa, aumentando o risco de efeitos colaterais graves. A falta de estudos claros sobre a absorção dessas substâncias e as reações adversas individuais tornam esses implantes um risco significativo para a saúde.