Nesta segunda-feira (25), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva de três indivíduos suspeitos de planejar e ordenar o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e o relator do caso, Alexandre de Moraes, votaram pela continuidade da prisão dos acusados.

A decisão de Moraes, que foi seguida pelos demais ministros, destacou a existência de “fortes indícios” que ligam os detidos ao crime, além de ações para ocultar a autoria dos assassinatos e interferir nas investigações. Flávio Dino, em seu voto, apontou para a formação de um “ecossistema criminoso” no seio do Poder Público, que visava proteger os autores do crime.

A manutenção das prisões tem como base também o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumenta sobre o risco dos suspeitos obstruírem as investigações, utilizando-se de seu poder econômico e conexões ilícitas dentro do município do Rio de Janeiro.

Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, junto com o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram presos durante a Operação Murder Inc e conduzidos para Brasília. No caso de Chiquinho Brazão, deputado federal, a Constituição determina que sua prisão seja revisada pelo plenário da Câmara dos Deputados.

As investigações, que revelaram uma disputa territorial como principal motivação dos crimes, foram elogiadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que destacou a identificação dos mandantes, executores e intermediários do assassinato de Marielle e Anderson.

Enquanto a defesa de Domingos Brazão nega envolvimento no caso, as defesas de Rivaldo Barbosa e Chiquinho Brazão não se pronunciaram ou aguardam posicionamento.

Foto e informações Agência Brasil