Quem anda hoje pela Avenida Doutor Rudge Ramos, quase na divisa de São Paulo, perto da Universidade Anhanguera, mal pode imaginar que ali, onde agora só vemos o asfalto e os prédios, existia uma vila cheia de vida, a Vila Império. Iniciada em 1951 por uma iniciativa da Imobiliária Império, pertencente à família Mansur, a Vila Império era um recanto de três ruas com uma transversal, começando com 35 casas e crescendo para 50 em apenas sete anos. Mais do que casas, a vila era um lar para seus moradores, contando com uma padaria e até uma escola, o Grupo Escolar da Vila Império.

No entanto, a localização próxima aos Ribeirões dos Meninos e dos Couros tornava a vila propensa a enchentes, um desafio constante para aqueles que lá viviam. Apesar dos esforços para contornar esse problema, incluindo a retificação e o alargamento do Ribeirão dos Meninos, as enchentes persistiam. A situação levou, finalmente, à desapropriação e demolição das casas em dezembro de 1977, concluída em 1978.

A memória dessa região permanece viva em uma foto de 1968 do Acervo do Centro de Memória de S.B.C., mostrando uma ponte de madeira sobre o Ribeirão dos Meninos, na Rua Carneiro Leão, uma das vias de acesso à Vila Império.

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